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terça-feira, 25 de outubro de 2011

José Altino

Biografia
José Altino de Lemos Coutinho (João Pessoa PB 1946). Gravador, pintor, ilustrador, professor, crítico. Estuda em João Pessoa com Arthur Cantalice e Gilvan Samico e em Salvador freqüenta o ateliê de Emanoel Araújo, nos anos 60. Em 1969, chega ao Rio de Janeiro, estuda na Escolinha de Arte do Brasil, freqüenta a Escola Nacional de Belas Artes,onde assiste aulas de Adir Botelho. De 1970 a 1978, leciona gravura e participa de projetos da Escolinha de Arte do Brasil. Em 1979, volta para João Pessoa, trabalha como crítico de arte na imprensa e na Coordenação de Extensão da Universidade Federal da Paraíba. É presidente da Associação dos Artistas Plásticos Profissionais da Paraíba e assessor de artes plásticas da Secretaria de Cultura. Seu trabalho em xilogravura compreende a relação com a literatura de cordel. Em 1980, volta ao Rio e participa, no ano seguinte, do Grupo Armação Oficinas de Arte, Projeto Fotografia, Ponto de Vista da Criança, promovido por Kodak, Funarte e Ministério da Cultura. Retorna para João Pessoa.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O que é Arte Naïf?

O desejo espontâneo de desenhar e pintar existe desde os primórdios da civilização humana, sendo o seu mais reconhecido exemplo as “pinturas rupestres”.
O termo Arte Naïf foi pela primeira vez utilizado, no virar do século XIX, para identificar a obra de Henri Rousseau, pintor autodidacta admirado pela vanguarda artística dessa época, que incluía génios como Picasso, Matisse e Paul Gauguin, entre outros.
Com esta génese, a Arte Naïf começou a afirmar-se como uma corrente que aborda os contextos artísticos de modo espontâneo e com plena liberdade estética e de expressão e os seus seguidores definem-na hoje como “a arte livre de convenções”.
A Arte Naïf é concebida e produzida por artistas sem preparação académica específica e sem a “obrigação” de terem de utilizar técnicas elaboradas e abordagens temáticas e cromáticas convencionais nos trabalhos que executam. Isto não significa que não estudem e aperfeiçoem de modo autodidáctico e experimental o desenvolvimento das suas obras, e não implica que a exigência de qualidade das mesmas seja inferior.
A capacidade artística é um dom inato no ser humano e não existem técnicas, regras ou dogmas que, quando ele realmente está presente, lhe possam atrofiar qualidade e retirar valor.
A Arte Naïf não se enquadra também na designação de Arte Popular, diferindo dela na medida em que se trata de um trabalho de criação individual que apresenta peças artísticas únicas e originais.
Caracteriza-se em termos gerais por uma aparente simplicidade e pela liberdade que o autor tem para relacionar ou desagregar, a seu belo prazer, determinados elementos considerados formais; a inexistência de perspectiva, a desregulação da composição, a irrealidade dos factos ou a aplicação de paletas de cores chocantes. A Arte Naïf exprime ainda, de um modo geral, alegria, felicidade, espontaneidade e imaginários complexos, resultando, às vezes, todo este conjunto numa beleza aparentemente desequilibrada mas sempre muito sugestiva.
Alguns críticos afirmam que, contrastando com os “académicos”, que pintam com o cérebro, os “ingénuos” pintam só com a alma. Esta parece ser a verdadeira essência do Naïf, claramente o estilo de quem já nasce com o dom de ser artista…